Mel Moura Moreno

Inteligência Artificial transformará o conceito de Liderança

O avanço da IA tem sido o centro das atenções e preocupações sobre sua integração com a humanidade, gerando crise de ego humano.

Essa tal de Inteligência Artificial vai dominar o mundo?
IA vai tirar os postos de trabalho humanos?
IA tem o poder de liderar times?
Siga a leitura.

Essas e tantas outras questões muito pertinentes vêm sendo levantadas quanto ao poder da Inteligência Artificial e sua integração com as ciências sociais e a humanidade.

Li há algum tempo, o livro Leadership by Algorithm: Who Leads and Who Follows in the AI Era? [Liderança por Algoritmo: Quem Lidera e quem segue na era da IA?] – escrito por David De Cremer, fundador e diretor do Centro de Tecnologia de IA para a Humanidade da Escola de Negócios da Universidade Nacional de Cingapura e muitas reflexões tenho feito, aliadas a diversas informações que congestionam minhas pesquisas.

Afinal, sou uma cientista da mente humana e suas inteligências; a IA num primeiro momento transforma-se na grande vilã, pior que Malévola ou a pior madrasta das princesas, amedrontando os humanos e fomentando crenças vãs sobre sua influência.
Vamos aos fatos.


O termo Inteligência Artificial [IA] foi definido em 1956, inspirando a primeira onda de pesquisas até os meados da década de 70.
Já, desde o início do século XXI, as aplicações mais diretas e objetivas mudaram nossa atitude em relação ao potencial “real” da IA.

Essa mudança foi especialmente, alimentada por eventos onde a IA começou a se envolver com campeões mundiais de xadrez e do jogo chinês Go. Despertando a maior parte da atenção para a tecnologia que age de maneiras que parecem ser inteligentes, que também configura uma definição simplista de IA.

PARECE INTELIGENTE como os humanos o são.
Ela não é inteligente como os humanos, apenas destina-se a criar valor para a sociedade, povoada de seres humanos, líderes potenciais, que são seus usuários finais.

O que isso significa, Mel?

Significa que a IA deve agir, pensar, ler e produzir resultados num contexto social humano.
Atualmente, a IA é boa em realizar tarefas repetitivas e rotineiras, analisando de forma sistemática e consistente.
Tarefas e trabalhos com maior probabilidade de serem assumidos pela IA são as Hard Skills.

O que são Hards skills?

São os conhecimentos técnicos adquiridos em cursos de formação específica ou experiência. Tais com: proficiência em idiomas; conhecimento de Windows, Javascript, Linux, Edição de imagens, Operação de máquinas e sistemas.

No que se refere as Soft skills, não existe possibilidade da IA substituí-las, porque consistem nas habilidades pessoais, próprias dos humanos de relacionamento e interação com outras pessoas e atividades, por exemplo: Comunicação, Flexibilidade, Gerenciamento de tempo, Liderança de pessoas e equipes, Motivação, Paciência, Persuasão.

Essa observação corresponde ao chamado paradoxo de Moravec:

“O que é fácil para os seres humanos é difícil para a Inteligência Artificial.
O que é difícil para os humanos parece muito fácil para a Inteligência Artificial.”

Você pode me perguntar: Mel, a IA pode substituir os seres humanos?

Conforme exposto, sim, pode substituir diversas funções gerenciais, ela poderia, com o tempo, adquirir a ‘inteligência geral’ que os seres humanos possuem. Isso apavora? Sim, mas não deveria.

Acalme-se. Foco no assunto.

A IA nunca terá “uma alma”, não substituindo as qualidades de uma liderança humana, constituída de criatividade e perspectivas diferentes, próprias das pessoas líderes, que somos.

A Liderança humana é imprescindível para orientar o desenvolvimento e as aplicações da IA de maneiras que melhor atendam às necessidades dos seres humanos.

Nesse sentido o trabalho do futuro poderá ser semelhante ao de um filósofo que entende a tecnologia, compreendendo o que ela significa para a nossa identidade humana e para o que gostaríamos de vislumbrar no tipo de sociedade ideal.

Outra pergunta que pode estar sem sua mente neste momento: Mel, como posso me manter imprescindível diante da IA?

Querida Pessoa Líder, na nossa melhoria contínua, bem como nos futuros desenvolvimentos humanos, o treinamento de nossas habilidades sociais tornar-se-á cada vez mais imprescindível.

Podemos perceber isso, desde a Pandemia, quando tivemos de nos adequar às novas tecnologias, o trabalho no formato home-office tornou-se real. Diversas ferramentas foram criadas para avaliar desempenho, proatividade, pontualidade, disciplina e validação.
Como tal, isso coloca o uso e a influência da IA em nossa sociedade em uma posição dominante.

À medida que nos tornamos mais conscientes, estamos nos movendo para uma sociedade onde as pessoas estão sendo informadas por algoritmos sobre qual é o seu gosto e, sem questioná-lo muito, a maioria das pessoas obedece facilmente.
Dadas essas circunstâncias, não parece mais uma fantasia selvagem que a IA possa ser capaz de assumir uma posição de liderança.

Olha que informação terrível e real:

“Somos informados por algoritmos sobre nossos gostos.
Não questionamos sobre a veracidade dessa informação.
E, a maioria de nós obedece passivamente.”

Com essa leitura social real, devemos nos posicionar como LÍDERES MAGNÉTICOS e aprender a discernir as informações que nos chegam, eu sugiro fazer sempre as seguintes perguntas:

“Isso faz sentido para mim? Isso me faz feliz?
Isso agrega valor à minha vida, ao meu propósito?”

Sim, Pessoa Líder: a Inteligência Artificial transformará o conceito atual de Liderança, porque é importante que tenhamos o tipo certo de liderança para a realização de todos os projetos. Aquela liderança congruente, humana que visa ao BEM de todos envolvidos na questão, começando por você. Entender que, nós, os seres humanos têm certas qualidades únicas que a tecnologia nunca terá.

É difícil [até hoje impossível] colocar uma alma em uma máquina, tentativas recorrentes dos profissionais de criação tecnológica.
Se pudéssemos fazer isso, também entenderíamos os segredos da vida.
Não estou muito otimista de que isso [se tornará realidade] nas próximas décadas, mas temos uma enorme responsabilidade.

Estamos desenvolvendo IA ou uma machine learning, que pode fazer coisas que nunca teríamos imaginado anos atrás.

Ao mesmo tempo, por causa de nossas qualidades únicas de ter e ter perspectiva, pensamento proativo e ser capaz de levar as coisas à abstração, cabe a nós como vamos usá-lo.

Se você olhar para a liderança hoje, eu não vejo muito consenso no mundo.

Não estamos prestando atenção suficiente para treinar nossos líderes – nossos líderes empresariais, nossos líderes políticos e nossos líderes sociais.


Precisamos de uma boa educação em liderança.

O treinamento começa conosco, amplia para nossas famílias, na educação dos filhos.

Refere-se a como os treinamos para apreciar a criatividade, a capacidade de trabalhar em conjunto com os outros, tomar perspectivas uns dos outros e aprender um certo tipo de responsabilidade que faz a nossa sociedade.

Então, sim, podemos usar máquinas para o bem se formos claros sobre o que é a nossa identidade humana e bússola interna de valores que queremos criar para uma sociedade humana.

Pessoa Líder, atualize-se continuamente, priorize o Autoconhecimento, para potencializar suas capacidades, habilidades, competências e inteligências humanas, colocando-as à serviço da prosperidade.

Em outras palavras, quando você pensa, sente, fala, age com proatividade, você enriquece, enriquecendo você enriquece outras pessoas e a espiral ascendente é otimizada e gera ondas para toda a humanidade.

Isso a IA nunca terá condições de fazer, por ser uma máquina idealizada por homens, para – simplesmente – atender às necessidades dos homens, bem como realizar atividades mecanicistas que há anos vem aprisionando o homem na sobrevivência.

O momento é de VIVER o MELHOR da VIDA, usando o nosso diferencial das máquinas, nossa ALMA.

Faz sentido para você? Comente.

Juntos até o TOPO.

Lidere.

Juntos até o TOPO.

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