Mel Moura Moreno

SEMENTES

Quando o assunto é FALA: menos é mais

“Fala demais por não ter nada a dizer.”
in, Índios, Renato Russo

Qual é o seu lugar de FALA?
O seu lugar de FALA é sempre onde você tem propriedade para argumentar e pode transformar sua comunicação em valor inestimável para todos os seus ouvintes.

Até o final do século passado, era muito comum as pessoas se reunirem para ‘jogar conversa fora’, ou seja, conversar sem temática definida. Ficávamos horas conversando sobre nossas vidas, nossas descobertas, músicas, filmes, livros, trabalho, estudos, tudo era uma bom assunto para longas prosas ao telefone, nas casas, nos botecos.

O tempo passava sem que percebêssemos… sim, não havia celular!

Quando estávamos com as pessoas, verdadeiramente estávamos lá, física e mentalmente.
E, quando isso não ocorria, logo éramos questionados: “Onde está sua cabeça? No mundo da lua? O que está acontecendo?”

Era o momento certo, para um desabafo, uma confidência, a colocação de um problema para que o grupo, ou aquele amigo pudesse pensar junto, argumentar, orientar, baseado em suas vivências, em seus valores, no que sentia ser o melhor para nós e vice-versa.

Tempos idos.
Não é uma questão de saudosismo barato, não!
É a lembrança de um tempo em que se tinha tempo para falar, para escutar, sem se ocupar com as redes sociais, com a Selfie e afins.

Mas, nem tudo eram rosas.
Existiam espinhos dolorosos, tais como: as piadas altamente grotescas, a censura, o preconceito contra tudo o que não fosse a verdade daquele grupo.

Eram tempos em que se brigava, quando o assunto era política!

Só que eram brigas inteligentes, contextualizadas, teoricamente alicerçadas, não as discussões estéreis e pitorescamente tendenciosas -istas de um lado; _istas do outro lado.

Não se valorizava os personagens, mas a ideologia, a postura, a ética, o caráter.

Hoje – ainda – se briga, mas não promove mais cultura, mais conhecimento, pelo contrário; gera climas tensos nas redes com o direito a bloqueios e cancelamentos.

O fato é que, continuamos pisando em ovos, quando a temática é política, religião, futebol, diversidade.

Uma palavra pode forçosamente posicionar você como: racista, elitista, etarista, fascista, petista…

O que fazer?

1º] Adquira Cultura. A informação com boas leituras bibliográficas, cursos… dessa forma você amplia o seu vocabulário, aprende a adequar sua comunicação ao seu interlocutor, de maneira não violenta, escapa do universo dos achismos, ou das falácias de muitos.
Amplia seu conhecimento – o suficiente – para expor suas ideias e argumentar sobre tudo, quando necessário, de modo objetivo, claro e lógico.

2º] Desenvolva o autoconhecimento. Assim você se conhece, entende, aceita e promove as mudanças necessárias em sua Mentalidade para fugir dos discursos de ódio, superficiais e sem fundamentação vivencial, ética.

3º] Menos é mais.  Falar somente o necessário pode trazer grandes ganhos para a sua vida.
Você não precisa forçar as pessoas a pensarem como você, assim como não é obrigado a pensar como elas.
Por isso, quando você escuta mais as pessoas, consegue perceber com clareza solar as ideias vazias, os efeitos:

  1. Papagaio. Repete o que ouviu, sem nenhum fundamento teórico, vivencial. Fala alto, rápido como uma forma de chamar a atenção para si.
  2. Manada. Todo mundo está falando, então é verdade. A pessoa não pensa para falar, apenas vai soltando palavras ao vento, porque fulano falou e essa pessoa é importante, então é verdade. São aquelas pessoas que nem se lembram em que votou nas últimas eleições, se seus candidatos ganharam, muito menos o que estão fazendo. Apenas vai na onda de quem está por cima, no alto do poder.
  3.  Palanque. Tudo é motivo para um discurso repleto de frases feitas e apelativas que, para quem não está prestando atenção fazem todo o sentido. CUIDADO! Esses são os mais perigosos, porque falam mentiras como se fossem verdades e seu poder de persuasão é tão grande que arrebatam multidões, aqueles do item anterior.

A ideia não é se abster numa conversa, muito menos ficar emudecido.
O grande diferencial é usar a Inteligência Emocional a seu favor e aceitar que as palavras precisas têm um poder incrível.
Posicione-se como líder e:

  1. Escolha suas palavras com moderação, transmitindo clareza, assertividade e impacto.  
  2. Experimente simplificar suas mensagens e veja a diferença que isso pode fazer.  
  3. Quando você perceber que seu interlocutor é uma pessoa inflexível, garanta o seu direito ao silêncio, dizendo com proatividade: “Certo, entendi o que perfeitamente o que você disse. Por discordar de alguns pontos, prefiro mudar de assunto [encerrar a conversa], porque eu respeito você e sua maneira de pensar.”

Se a outra pessoa insistir: “Fala, fala o que você pensa!” Você apenas diz: “Tudo bem. Outra hora retomamos o assunto.”

Essa sugestão elegante evita que você se desgaste, entre em discussões estéreis, arrume inimizades. Perca seu equilíbrio, alimentando um discurso agressivo, ácido, ou seja, reativo.

Portanto, querida Pessoa Líder: Só por hoje – Escute. Pense. Silencie. Reflita. Fale com proatividade, quando for pertinente e gerar valor.

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Não perca tempo, dê o primeiro passo para uma comunicação mais eficiente agora!  

Juntos até o TOPO.

Lidere.

Juntos até o TOPO.

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